14 abril, 2010

Do Meu Pai

Vira e mexe tenho momentos incríveis com meu pai, assim como tinha com minha avó materna. Mexe e vira minha mãe chega em casa e lá estamos nós, os dois, eufóricos contando histórias, dividindo experiências, inventando modas. Foi do meu pai que “herdei” este lado romântico, sonhador, um tanto desmedido. Nós voamos alto, ele me conta aqui e acolá as suas histórias e eu absorvo, imagino as minhas próprias. Hoje eu e ele sentamos na cozinha, tomamos a nossa cervejinha e ele se pôs a falar cheio de emoção. De todas as histórias, uma vou salvar do cansaço e do sono e registrar. Essa trata dele ainda muito jovem, fazendo um trato com Deus. Entrou ele na igreja, tendo por companhia apenas sua fé e tratou logo de estabelecer diálogo: “Deus você não me deixe faltar nada e pode me levar cedo dessa terra”, ao lembrar isso, ele riu feito criança que ainda se encontra na casa dos cinqüenta e poucos e disse: “acho que morro cedo, lá pelos oitenta”. Dito isso, gargalhamos os dois, felizes da vida.
Ana Fenner
 ps: meu pai tem disso, dessa pureza de alma, que mesmo tendo pouco se sente pleno. E como amo esse cinquentão maluco.


2 comentários:

  1. "Minina" amada!
    Não tem coisa melhor que ter nossos pais ao nosso lado... Ainda mais com essa amizade, carinho e amor! Uma benção que sinto falta todos os dias... das conversas ao regaço, sempre acolhedor!
    Beijuuss n.c.

    www.toforatodentro.blogspot.com

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  2. Obrigada pelo imenso carinho das palavras. Beijos

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