11 setembro, 2013



Rompo o silencio como um trovão a clarear o dia nublado, não há luz e a chuva não é nenhuma novidade, mesmo assim o estardalhaço... vidro estilhaçado ao chão. 
Não foi o que o outro fez, não foi o que o outro disse,
foi eu e o abandono a que propus.
Não é sequer a vida, que rompeu com minhas expectativas desde á primeira hora, é o vazio que ficou.

25 janeiro, 2013

Quase não escrevo mais, o que escrevo guardo, como um punhado de lembranças embaralhadas no fundo da gaveta. No entanto, vejo muita coisa bonita, que me provoca, me toca, me inspira, por isso : http://armazemdeinspiracoes.blogspot.com.br/

19 abril, 2012

Convite


"Não me interessa o que você faz pra viver. Quero saber o que você deseja ardentemente, e se você se atreve a sonhar em encontrar os desejos do seu coração.
Não me interessa quantos anos você tem. Quero saber se você se arriscaria parecer que é um tolo por amor, por seus sonhos, pela aventura de estar vivo. Não me interessa que planetas estão em quadratura com a sua lua. Quero saber se você tocou o centro de sua própria tristeza, se você se tornou mais aberto por causa das traições da vida, ou se tornou murcho e fechado por medo das futuras mágoas.
Quero saber se você pode sentar-se com a dor, minha ou sua, sem se mexer para escondê-la, tentar diminuí-la ou tratá-la. Quero saber se você pode conviver com a alegria, minha ou sua, se você pode dançar loucamente e deixar que o êxtase tome conta de você dos pés à cabeça, sem a cautela de ser cuidadoso, de ser realista ou de lembrar das limitações de ser humano.
Não me interessa se a história que você está contando é verdadeira. Quero saber se você pode desapontar alguém para ser verdadeiro consigo mesmo; se você pode suportar acusações de traição e não trair sua própria alma. Quero saber se você pode ser leal, e portanto, confiável.
Quero saber se você pode ver a beleza mesmo quando o que vê não é bonito, todos os dias, e se você pode buscar a fonte de sua vida em sua presença. Quero saber se você pode conviver com o fracasso, seu e meu, e ainda postar-se à beira de um lago e gritar à lua cheia prateada: “Sim!”.
Não me interessa saber onde mora e quanto dinheiro você tem. Quero saber se você pode levantar depois de uma noite de tristeza e desespero, cansado e machucado até os ossos e fazer o que tem que ser feito para as crianças.
Não me interessa quem você é, como chegou até aqui. Quero saber se você vai se postar no meio do fogo comigo e não vai se encolher.
Não me interessa onde ou o que ou com quem você estudou. Quero saber o que o segura por dentro quando tudo o mais fracassa. Quero saber se você pode ficar só consigo mesmo e se você verdadeiramente gosta da companhia que tem nos momentos vazios."
Oriah Mountain Dreamer

13 abril, 2012

Delizadezas

Porque delicadezas existem, e é bonito demais de se ver. 



A arte da ilustradora Luyse Costa parece ser feita com os mesmo materiais de que são feitos os sonhos, traços leves que aguçam a imaginação. Vale a pena conferir no blog: http://luluyse.blogspot.com.br e no http://www.amusicoteca.com.br em que são exibidas algumas ilustrações que ela fez para o álbum Re-trato,  dos Los Hermanos.

Uma palhinha do Blog de Luyse:
"viver é delicado
argumento de samba
sentimento de fado
"
  Ilustração: Luyse Costa 
Haikai de Lau Siqueira 

Caminhos

"Não se preocupe, não tenha pressa. O que é seu, encontrará um caminho para chegar até você. Deus não demora, ele capricha!" 


 Caio Fernando Abreu

Sonhos

Uma música para amores românticos.

25 março, 2012

Ama me como no cinema

"É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado.
É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.
Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele seja.
Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.
Difícil é amar quem não está se amando.
Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."

Ana Jácomo

08 março, 2012

Ser mulher não me basta

Ser mulher não me basta. Quero mais que um dia para celebrar aquilo que sou com unhas, carnes e dentes. Quero não ser lembrada apenas por minha “fragilidade”, mas quem sabe pela minha força que não é bruta, quem sabe por minha ternura que persiste.
Ser mulher não me basta, chega de feminismos que não me convencem, chega dessa igualdade meio tola, quero sim ser diferente.
Quero que você descubra que posso pagar a minha conta, trocar um pneu e consertar o cano da pia, mas quero que uma vez ou outra você faça isso por mim, apenas por afeto. Quero sim flores, porque gosto de flores e isso não me torna inferior. Eu me recuso a ver você bancando o machista, sendo o ditador de um relacionamento por vezes unilateral, quero teu lado nobre, quero um amor (re) inventado.
Um dia para ter seus elogios me parece pouco, quero ter o seu melhor quando eu te mostrar o meu pior, quero teu afago em dias de megera. Ser mulher não me basta, não é por isso que quero ser lembrada.
Quero ser lembrada por minha sutileza, por minha doçura, por minhas qualidades, não vá levar tão a sério minhas falhas.
Ser mulher não me basta, quero ser essência e muito mais.
Ana Fenner

05 fevereiro, 2012

Fantasia de amor

Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval... Vinícius de Moraes
"Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval."
Vinícius de Moraes

02 janeiro, 2012

Contentamento

Esse ano não fiz promessas, não pulei ondas, nem estourei champanhe a meia noite. Comecei  beijando meu bem querer, numa estradinha de terra batida, pensando “que bom meu Deus, que felicidade pode ser simples assim”.