Se falo de amor é porque me perco e me reconheço nesse aconchego. Se fujo as regras, se me perco e me reconheço é por esse vício de amar. O meu amor não é fácil, meu amor nunca foi os de revista, meu amor é literatura de José Saramago e seus textos sem parágrafos, suas rebeliões e intensidades. Minha paixão é verso de Florbela Espanca: denso, platônico e eternamente insatisfeito. Amor não é gratidão e tão pouco exige retidão. Falo do amor meu porque só dele tomo conhecimento, dos outros apenas desconfio.
Ana Fenner
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