Corro pelo asfalto, com vista para o mar. Eu mudo a rota, reinvento o traço. Eu conheço aquela esquina reconheço aquele olhar. O vento sacode a poeira, o vento bagunça os cabelos meus. Eu não me faço de rogada, vou de encontro ao mar. O que eu não gosto é do meio termo, sou dos extremos, a minha dor não me cabe, a alegria me extravasa, o que eu não sou é meio do caminho. Quiçá descobrir a minha natureza, desvendar os meus segredos. Pensando bem, esquece isso, deixa pra lá. Puxa uma cadeira, vem ver o sol, vamos brincar de ser feliz.
Ana Fenner
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