09 abril, 2009

Velocidade

Tenho um gosto vulgar, uma fome voraz. Meu amores são fugazes, minhas paixões desmedidas. Meu ciúme fulminante. Tenho em mim uma pressa desigual. Minhas dores são dilacerantes. Minhas lágrimas são meio ácidas. Gosto do que não desperta atenção, do que é desigual. Sou assimétrica, meu olho esquerdo desconhece as visões do olho direito e minhas partes se repartem entre o que julgo ideal e o que sou, entre ser pureza e corrupção.Meus nervos não são feitos de aço, meu coração é órgão involuntário, minhas mãos suam enquanto eu encaro meus desejos, minhas pernas me desobedecem me levando a um caminho nunca imaginado. Eu?? Sou tudo e sou nada. Você?? Exatamente o que faz de si mesmo.
Agora sobre a verdade veja o que seus olhos permitirem.
Ana Fenner

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