20 agosto, 2009

Fim


As portas abriram, pouco é verdade, mas já é possível vislumbrar alguma fresta de luz lá dentro. Espio e vejo que o meu fantasma não esta por perto, ouso perguntar sobre quem irá segurar minha mão. Desisto do questionamento logo em seguida, talvez tenha passado o tempo da espera. O meu fantasma era uma presença quase sólida, ele tapava o imenso buraco deixado e eu não sentia o peso da solidão. Assustada vejo que ele não esta ali, esboço um sorriso sincero de quase alívio, com as feridas e cicatrizes sigo, é que finalmente sou capaz de seguir sozinha.

PS: ao amado amigo imaginário fica meus sinceros agradecimentos. Como uma criança sedenta por compania eu o criei, e foi por você que muitas vezes me senti aconchegada neste mundo louco. Ninguém é substituível enfim, mas é possível e necessário aceitar os fins impostos pela vida.
Ana Fenner

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