Tenho passado por esse apetite devastador de viver, como quem não sai do lugar e ainda assim se sente em meio ao turbilhão. Não tenho feito nada do que imaginei que faria quando chegasse à derradeira idade em que loucuras são permitidas. Por verdade absoluta tenho que admitir que ainda seja apaixonada por aqueles veículos de duas rodas, sim as motos, o único risco que andei assumindo e agora também abandono. Abandono por assim dizer todas as minhas paixões, não por altruísmo, mas antes por covardia. A força que tenho esta antes aliada aos medos, sou mesmo capaz de entrar em uma briga de gladiadores e sair vencedora apenas por temor de perder. Confesso que vou me jogar, assim como quem se atira de um prédio e me pergunto se você será capaz de me segurar se por acaso agora quem precisar de um apoio for eu, o ponto é enfim se isso tudo é uma questão de força ou apenas de vontade.
Ana Fenner
"Não deixe de cruzarO seu olhar com o meuEu vou jogar meu
corpo em cima, em cimado seu..."
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