"Eu falo de amor à vida,Você de medo da morte.Eu falo da força do acasoE você de azar ou sorte.Eu ando num labirintoE você numa estrada em linha reta.Te chamo pra festa,Mas você só quer atingir sua meta.Sua meta é a seta no alvo,Mas o alvo, na certa, não te espera.Eu olho pro infinitoE você de óculos escuros.Eu digo: "Te amo!"E você só acredita quando eu juro.Eu lanço minha alma no espaço,Você pisa os pés na terra.Eu experimento o futuroE você só lamenta não ser o que era.E o que era?Era a seta no alvo,Mas o alvo, na certa, não te espera.Eu grito por liberdade,Você deixa a porta se fechar.Eu quero saber a verdadeE você se perocupa em não se machucar.Eu corro todos os riscos,Você diz que não tem mais vontade.Eu me ofereço inteiroE você se satisfaz com metade.É a meta de uma seta no alvo,Mas o alvo, na certa não te espera!Então me diz qual é a graçaDe já saber o fim da estrada,Quando se parte rumo ao nada?Sempre a meta de uma seta no alvo,Mas o alvo, na certa, não te espera.Então me diz qual é a graçaDe já saber o fim da estrada,Quando se parte rumo ao nada?"Paulinho Moska
01 março, 2010
A Seta E O Alvo
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