Eu troquei o salto alto por rasteirinhas. E descobri que assim meus passos são mais ágeis. Eu troquei o conforto da ignorância pelo olhar que se perde nos corredores, corredores sem vida e de janelas com grades. Eu troquei meu medo por um otimismo bárbaro. Eu me fiz de cega por causa do medo que sentia, mas agora mantenho meus olhos abertos a toda novidade que surge diante deles. Substitui minha dificuldade do toque por apertos de mãos desconhecidas e nem sempre limpas. Eu abandonei meus velhos preconceitos por ver que eles de nada me valiam e comecei a seguir um caminho que provavelmente deixará marcas por toda vida. Há estradas irreversíveis, quem um dia olhou jamais se esquece da visão que teve.
Ana Fenner
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