26 junho, 2010

Bagagem


"Pra vocês eu deixo o sono,
o sonho não,
Este eu mesmo carrego"

Leminski

19 junho, 2010

Alvorada

Na alvorada do caminho, surge um novo dia. Daqui antevejo tuas cores pálidas, o outono a assoviar suas novidades no parapeito da janela. O que o amor tem de bonito é isso, está sempre à beira do que é efêmero. Aceita correr livre sabendo que o destino do rio, independe das voltas que dá. O céu confidencia ás estrelas que toda tristeza se finda no encontro com as ondas do mar
Ana Fenner

10 junho, 2010

" Como uma bandeira ao vento"

 
Senhoras e senhores a copa de 2010 se iniciou hoje, com um show de abertura no mínimo repleto de significados. Uma copa realizada em plena África quer dizer muito mais do que pernas e bola, quer falar de educação, quer falar de igualdade, quer estampar o mundo inteiro com suas cores vibrantes e natureza exótica. Um país que declara seu passado, um homem que se veste de uma nação e muda o rumo de uma história. Só pela biografia já vale a pena ser assistida, imagina só quando a meta se torna educação, logo nós acostumados com jogadores de futebol que em sua maioria titubeiam no uso de verbos e pecam na ora de cantar o hino do país que literalmente vestem a camisa. Imagina só uma copa em que o slogan é “ 1 goal for education” , me convenceu de cara. E para melhorar as coisas eu amei a música oficial. Não bastando isso confesso, sou apaixonada pelo que os esportes provocam nas pessoas, adoro essa sensação de objetivo comum, da minha voz ecoar junto com outras mil em um estádio (ou em um bar qualquer), não tanto pelo esporte se é que me entendem, mas pelo espetáculo que ele promove. Se nada disso lhe convenceu (e não é esse o objetivo) tudo bem, basta que você também encontre motivos para comemorar. Podem ser motivos “banais” como brincadeira de criança ou “fundamentais” como um novo emprego, não importa, basta que você seja livre “como uma bandeira ao vento”. 
Ana Fenner

09 junho, 2010

Doce ou travessura?

Escandalosamente toca em algum lugar e eu gosto de sua voz aguda, da sua gravidade improvisada, da vida entorpecida. Um sabor agridoce de verdades insuportáveis, de uma leveza ruidosa e riso solto. Suave como as brisas do outono, tempestiva como as chuvas de verão. Um beijo ardente bem no meio dos teus devaneios, trazer você bem junto a mim. Sorver o calor do teu hálito de menta, desfazer tuas metas, desafiar seus interesses.
Se me atiro, se enlouqueço, se te viro pelo avesso, se te enfrento de cara lavada é que não sei ser outra. Se canto alto, se desafino, se te aborreço, se te ignoro, se me desfaço de você, se te convido, se te levo comigo é por te querer de novo.
Ana Fenner

08 junho, 2010

Coragem, um cão covarde

"Resta esse constante esforço
para caminhar dentro do labirinto

Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo,
e esse medo Infantil de ter pequenas coragens."

Vinicius de Moraes