26 março, 2011
Do outro lado da rua
Não teve quem não visse a menina do outro lado da rua a gritar impropérios. Não teve quem não a julgasse escandalosa, insensata e até um pouco vulgar.
A menina do outro lado da rua a gritar impropérios.
Ninguém ousou lhe perguntar o motivo, ninguém desconfiou da tristeza que ela levava consigo, nem tão pouco, lhe adivinharam as lagrimas. Tive vontade de entrar em sua defesa, era só uma menina ora bolas, era só uma menina a derramar a sua paixão em palavras duras.
Ninguém ali sabia, apenas conjecturavam sobre o amor e suas desmedidas. Ninguém ali ousou dizer àquela menina, que o teu pranto ficaria melhor num samba canção.
ANA FENNER
18 março, 2011
Equilibrista da mais fina estirpe
Equilibrando a fina flor entre os caminhos dessa estrada.
Delicadeza de menina, raízes firmes de mulher, bailarina em um mundo concreto.
É a força da natureza bruta, é a delicadeza dos vendavais, é o eterno ir e vir das marés.
Seguir buscando estrelas, voltar para apanhar pedrinhas luminosas deixadas pelo caminho...
Equilibrista solitária entre ser e sonhar.
Ana Fenner
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